sábado, 24 de maio de 2014

Tracoma e Difteria- Giulia, 10

Tracoma


Tracoma é uma doença oftálmica altamente contagiosa, de etiologia bacteriana, causadora de comprometimentos na córnea e na conjuntiva. Provoca fotofobia, dor e lacrimejamento, podendo levar à cegueira. 

É causada por infecção bacteriana crônica deflagrada pelo micro-organismo Chlamydia trachomatis, transmitida por moscas caseiras e falta de higiene. .A transmissão pode ocorrer sempre que houver lesões ativas na conjuntiva pelo contato direto entre as pessoas, ou por contato indireto com mãos ou objetos contaminados (toalhas, lenços, produtos de maquiagem, etc.). Alguns gêneros de moscas, especialmente as domésticas e as conhecidas como lambe-olhos, podem transmitir a bactéria para uma pessoa sem a enfermidade, mecanicamente, se pousarem sobre olhos infectados de um doente.

Tratamento
O tratamento é feito através de antibióticos (tetraciclina, eritromicina, azitromicina, ou sulfa) de uso local (colírios e pomadas oftálmicas), ou por via oral, deve ser introduzido tão logo tenha sido feito o diagnóstico clínico, antes mesmo de saírem os resultados dos exames laboratoriais.

Sob nenhum pretexto, o acompanhamento médico pode ser suspenso sem autorização expressa do profissional que acompanha o caso. Ele deve ser mantido durante a fase ativa da doença e depois periodicamente até que seja constatada a cura definitiva do tracoma.
Recomendações
* Lave sempre as mãos com água e sabão;

* Estimule as crianças a cuidar da higiene pessoal e do lugar onde vivem;
* Saiba que objetos de uso pessoal, como material escolar e toalhas, por exemplo, podem ser veículos de transmissão da bactéria;
* Não se descuide das consultas médicas que devem ser realizadas a cada seis meses até ser determinada a cura definitiva da doença. O principal objetivo desse acompanhamento é evitar as recidivas da infecção que podem levar à cegueira.

Difteria
Difteria (ou crupe) é uma doença respiratória infectocontagiosa, causada pelo bacilo Corynebacterium diphtheriae que se instala nas amídalas, faringe, laringe, nariz e, em alguns casos, nas mucosas e na pele.
O período de incubação costuma durar de um a seis dias, mas pode ser um pouco mais longo. A transmissão ocorre pelo contato direto com a pessoa doente ou com portadores assintomáticos da bactéria, através de gotículas eliminadas pela tosse, pelo espirro e ao falar, ou pelo contato com as lesões cutâneas.
A enfermidade é mais prevalente na infância. Em geral, se manifesta depois de resfriados e gripes nas crianças que não foram imunizadas. No entanto, também pode acometer adultos que não foram vacinados.
Tratamento
Havendo suspeita de difteria, o tratamento deve começar imediatamente, mesmo antes de os exames laboratoriais confirmarem o diagnóstico. Para tanto, o paciente deve ser afastado do convívio com outras pessoas e receber o soro antitoxina diftérica para neutralizar a toxina produzida pela Corynebacterium diphtheriae. Antibióticos, como penicilina e eritromicina, também podem ser úteis para o controle da doença.
Recomendações


* Saiba que mesmo os casos suspeitos de difteria são de notificação compulsória às autoridades de saúde a fim de que sejam adotadas medidas para o controle epidemiológico da doença;
* Respeite rigorosamente as datas previstas para a vacinação contra difteria, pois a vacina tríplice bacteriana não confere imunização definitiva;
* Tente, enquanto aguarda o atendimento médico, aliviar a irritação da garganta com vapor bem quente. Se isso não proporcionar conforto significativo, abra a janela e faça o paciente respirar ar fresco;
* Procure assistência médico-hospitalar tão logo perceba sintomas que possam sugerir a difteria, uma doença que exige cuidados imediatos para evitar complicações potencialmente graves;
* Lembre que o soro antitoxina diftérica preparada a partir do soro de cavalo não imuniza definitivamente o doente nem age sobre a toxina já impregnada nos tecidos. Daí a importância do início precoce do tratamento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário